Sustentabilidade e os planos de governos
- Maria Rita Demitró de Freitas Guimarães
- 26 de out. de 2022
- 2 min de leitura
Este artigo não tem caráter eleitoral: trata-se de uma análise desapaixonada, onde sai o CPF e entra o CNPJ, sobre as propostas de sustentabilidade dos candidatos em disputa. Este exercício fez parte do planejamento estratégico 2023 da nossa empresa e achei mais que oportuno compartilhar para quem possa interessar.
Quais serão os possíveis cenários para projetos de sustentabilidade no Brasil 2023?
Ao analisar os dois planos de governo, somado a vivência que já tivemos dos dois governantes, compreendemos que essa pauta apresenta relevâncias diferentes para cada um deles.
O plano proposto por Jair Bolsonaro é em grande parte um compilado de feitos (questionáveis). Tem como foco questões de combate às queimadas e Amazônia. Se seu negócio não está ligado a esses temas, nem se relaciona diretamente a essa região/ produtos dela, o plano esboça alguns potenciais eixos para uma melhor atuação de projetos, como: expansão de matriz energética, crédito de carbono e hidrogênio verde. Se esse é seu negócio, os ventos podem ser favoráveis!
Um ponto de muita preocupação para mim foi ler de forma tão explícita sobre regularização fundiária e a concessão da floresta amazônica para a iniciativa privada, para exploração racional e sustentável. Sabemos que plano não é execução, mas tenham isso no radar.
O plano de governo do Lula se configura de forma mais ampla, relacionando o desenvolvimento econômico à sustentabilidade socioambiental e climática. É sem dúvidas um cenário mais favorável a projetos socioambientais, de ESG, tanto de iniciativas do terceiro setor, como iniciativas privadas. Temas como agronegócio sustentável, universalização do saneamento, diversificação de matriz energética e o potencial de créditos de carbono para atendimento das demandas mundiais são apresentados como diferenciais para os próximos anos.
A proposta também explicita o compromisso do país em cumprir as metas de redução de emissão de gás carbono que o país assumiu na Conferência de 2015 em Paris e ir além, garantindo a transição energética.
Em meio a tantas dúvidas, e independentemente da próxima gestão, podemos identificar que projetos ligados a diversificação de matriz energética e créditos de carbono terão espaço para atuação. Se essas áreas não estão em seu portfólio de projetos, uma boa ideia é pensar em algum produto com melhor aderência a elas, para que consiga navegar melhor nos próximos quatro anos.
Espero que esta análise possa ter contribuído de alguma forma para seu planejamento!
Vamos transformar juntos!
Maria Rita Demitró
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